terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dom Bosco: uma vida de amor, coragem e humildade



O fundador dos Salesianos soube dar dignidade à infância de seu tempo

ROMA, terça-feira, 31 de janeiro de 2012(ZENIT.org) – Hoje a igreja comemora São João Bosco, canonizado por Pio XI em 1934. Um santo especial, de grande humildade e generosidade, que desempenhou seu ministério sacerdotal de modo  igualmente especial, que gastou sua vida no serviço às crianças, e portanto, em defesa dos mais fracos e indefesos.
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Dom Bosco, assim chamado e conhecido por todos, viveu uma infância difícil. Último de cinco filhos, nasceu em Castelnuovo d`Asti, em 1815, de uma família de agricultores, e que com apenas dois anos perdeu o pai. Cresceu com a mãe e com a avó paterna em uma situação familiar não muito fácil.
Desde pequeno João demonstrou ser um menino inteligente, esperto e disponível. Com uma capacidade de discernimento que ia além para sua idade, soube claramente qual seria sua vocação, graças a um sonho premonitório, que teve aos 9 anos de idade.
O pequeno João fez realmente de tudo para entrar no seminário. Para pagar seus estudos desenvolveu diversos trabalhos, lutando ininterruptamente, arduamente, com todas as forças nunca desistiu, apesar das inúmeras dificuldades que encontrou ao longo do caminho em direção ao tão desejado sacerdócio.
Logo, o seu ministério foi caracterizado pelo cuidado e a defesa do menor, pelo qual nutriu um profundo amor. Dizem, e ele mesmo confirmou em suas recordações, que para atrair seus coetâneos para a oração, aprendeu brincadeiras, truques de mágica e acrobacia, organizando pequenos espetáculos na paróquia, naturalmente depois de terem rezado o rosário e escutado a leitura do Evangelho.
O sacerdote no decorrer de sua vida salvou muitos jovens da “rua”, órfãos, ex infratores e excluídos, defendendo-os da exploração juvenil, muito difundida naqueles anos, dando um “teto”, instrução, ensinando uma profissão e aproximando-os da Igreja. Com este fim, em 1854 fundou a Sociedade Salesiana e, em 1872, com Santa Maria Domenica Mazzarello, As Filhas de Maria Auxiliadora (conhecidas como Salesianas de Dom Bosco).
Dom Bosco pode ser definido um herói dos nossos tempos. A sua figura e suas ações convida a todos para uma profunda reflexão sobre o tema social dos jovens, e a pergunta que deveria ser feita é uma só: o que estamos realmente fazendo para o nosso futuro? Mas não apenas isso.
Se naqueles anos o problema era a pobreza e o abandono destes “pequenos”, perambulando pelas ruas, abandonados, maltratados e explorados por verdadeiros mestres de tortura, que aproveitavam da situação de pobreza, fragilidade e vulnerabilidade destes (coisas que acontecem ainda hoje nos países de terceiro mundo); hoje a maior ferida que está invadindo o Ocidente é o abandono, a absoluta omissão em relação ao fenômeno das crianças não nascidas, ou seja, o aborto.
Neste dia Dom Bosco com sua obra nos recorda aquilo que foi a mensagem de Cristo: “o que fizerdes a um dos pequeninos, a Mim o fazeis”, nos incentivando a trabalhar por estes pequenos, especialmente, apoiando aquelas mães que se encontram em uma situação de desespero que não conseguem ver outra solução senão a de abortar.
Por Pietro Barbini

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